quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Acorda, Margarida!

Quando eu fiz o blog, minha intenção era de postar um monte de coisa boa...
Pensamentos bons, momentos incríveis, experiências diferentes!

Mas anda tão difícil isso! Cada dia um novo tropeço, uma nova decepção! Eu estou abismada de ver tanta maldade e o quanto as pessoas se transformam por causa de dinheiro, passando por cima de qualquer respeito existente. Pra quê tudo isso? Qual é o valor da amizade hoje? Por que a confiança inexiste agora?

É muita, muita baixaria pro meu gosto. Fui criada com excelentes valores, limites, respeito. Se eu falo alto com meus pais, eles já "cortam minhas asinhas" (até hoje, e sempre será assim), mas nem por isso deixamos de dialogar sobre tudo, tudo e tudo. Se eu erro com as pessoas, eles ficam do meu lado, porém me fazem retratar sobre o meu erro, já fizeram isso várias vezes. Aqui tinha limite até se algum filho comesse o danoninho do outro, não por miséria (isso nunca teve na minha casa), mas pelo fato de que, se eles foram divididos, cada um tem que consumir o SEU, nada de pegar do irmão e nem de ninguém o que não é seu. Isso aqui era encarado de maneira muito séria.

Mas, dentre várias coisas que eu aprendi, aprendi também que não podia apanhar do coleguinha sem fazer nada,"Se o coleguinha te bate, você tem que se defender. Se não o fizer, nós vamos brigar com vc!", por mais louco que isso pareça, me ensinou a enfrentar o mundo, não ser desrespeitada por ninguém e ter a coragem de me impor perante às pessoas.

Esses detalhes foram primordiais para me constituiram como um ser humano honesto, íntegro e com humildade em assumir os próprios erros. Além disso, fizeram de mim uma pessoa respeitosa, com limites e discernimento.

Mas as malícias da vida não são os pais que nos ensinam, é a própria vida. Ás vezes eles nos aconselham, mas como somos cabeça dura e sempre nos achamos maduros o suficiente, não ouvimos. Aí vem o "aprender com a dor". E dói mesmo.

Minha mania de achar o mundo cor-de-rosa, repleto de amigos, pessoas cheias de bondade no coração, respeitosas, grata, legais, companheiras... E por aí vai. Acorda, Margarida... A vida não é assim!

E a Margarida acordou. Acordou e viu um cenário tão cinza, triste e sem nenhum sentido. Na primeira oportunidade, os componentes do Mundo Cor-de-rosa, puxam-lhe o tapete e desconfiam de você. Mais que isso, duvidam, acusam... Coisas baixas, infundadas, tristes e muito sérias. O que há de errado para as pessoas duvidarem de tudo? Será que é tão normal ser desonesto que todo mundo acha que está sendo roubado por todo mundo?

É muito triste perceber como estão sendo as relações humanas, baseadas na desconfiança e no desrespeito. Eu não quero me tornar uma pessoa incapaz de confiar no próximo, isso pra mim é triste. Parece que quanto mais achamos que o próximo é infiel, mais nós mesmo somos; pois só imaginamos situações que nós mesmo poderíamos fazer! Eu não quero me tornar esse tipo de gente. Não vou.

Sei que com esses tropeços fica ainda mais difícil de ser EU, mas insisto em ser a mesma; a pessoa que acredita na bondade do ser humano, na amizade, honestidade e nos valores.

Não desisto de mim, não deixarei de ser EU nunca. Maldade alheia pode me deixar magoada e esgotada, não afeta nos meus ideais, sonhos e personalidade.

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